quinta-feira, 28 de maio de 2009

A importância do lúdico no ensino de matemática

O sistema educacional tradicional ou educação bancária ainda é empregada como prática pedagógica e, apresenta uma metodologia aplicada ao ensino de Matemática de forma engessada e fragmentada, não possibilitando uma relação significativa para o educando.
A necessidade de se ter controle de quantidades é trabalhada pela memorização de seguências numéricas e a repetição de tabuadas. Mesmo sendo uma metodologia ultrapassada, muitos educadores continuam aplicando, pois assim não se tem muito trabalho em preparar aulas diferenciadas.
Pode-se afirmar que as dificuldades enfrentadas pelos alunos diante da disciplina de Matemática é estabelecido por educadores que não apresentam este objeto de conhecimento de forma significativa; nos PCNs de Matemática para se compreender a complexidade desta disciplina deve ser abordado seu histórico, pois este processo de aprendizagem não pode ser memorizado, mas construído pelos alunos, estabelecendo relação com situações reais, que necessite de conhecimentos matemáticos para a resolução de problemas.
Além da grande importância de ser apresentado o histórico, outra prática pedagógica que deve ser desenvolvida e tem grande impacto são os jogos matemáticos.
O caráter lúdico dos jogos matemáticos é uma estratégia para integrar e mobilizar as relações de prazer, ao ato de interiorizar o conhecimento e busca a integração entre os alunos. E o grande trunfo é direcionar ao momento de aprendizagem, o prazer e o gosto pelo estudo.
Este processo de construção do conhecimento é efetivo quando o aluno vivência uma situação problematizadora e indaga sobre seu próprio pensar para alcançar a solução de tal problema.
Bibliográfia
Parâmetros Curriculares de Matemática
Almeida, Paulo Nunes, Educaçõs Lúdica : técnicas e jogos pedagógicos, Edições Loyola, São Paulo, 1995.
Jogo da Presa e do Predador
Representação da Cadeia Alimentar
Instruções do Jogo
  • Os alunos deverão ser divididos em três grupos: 50% da classe representará plantas de um ecossistema; 30% serão coelhos, que se alimentam de plantas ; 20% serão jaguatiricas, que se alimentam de coelhos. Deve ser construído com os alunos uma tabela para registrar o tamanho de cada população, a cada rodada.
  • O jogo consistirá em 15 rodadas, ou a quantidade que o mediador achar necessário, podendo diminuir, cada rodada terá a duração de 10 segundos. Antes de iniciar, os alunos/plantas espalham-se pelo local ( de preferência um espaço aberto). Quando iniciar a rodada, os alunos que representam plantas deverão ficar imóveis.
  • Os alunos/coelhos devem se alimentar das plantas permanecendo ao lado do aluno/planta até o termino da rodada, também devem fugir mantendo-se abaixados, mas os coelhos não podem se alimentar e fugir ao mesmo tempo.
  • Cada jaguatirica que capturar um coelho também deverá ficar ao lado dele, ambos imóveis, até o fim da rodada. Para os coelhos, o objetivo em cada rodada é alimentar-se sem ser pego por uma jaguatirica, pois quanto mais coelhos se alimentarem, maior será sua população. Para as jaguatiricas, o objetivo em cada rodada é encontrar um coelho para comer e garnatir sua sobrevivência.
  • No fim de cada rodada, os coelhos e as jaguatiricas que não se alimentar morrerá de fome. Estes voltarão na próxima rodada como plantas, junto com as plantas que não foram comidas. Dos alunos que forem capturados, serão novas jaguatiricas e as plantas que forem comidas, serão coelhos. Os coelhos e jaguatiricas que sobreviveram, continuarão como coelhos e jaguatiricas na próxima rodada.
  • Não esquecer de anotar os dados das populações na tabela, pois além da tabela será construído junto com os alunos um gráfico com os dados da tabela, possibilitando a discussão dos resultados do jogo.

"Esta é uma atividade lúdica, na qual exige que o aluno utilize seus conhecimentos matemáticos para analisar os resultados, além de comprovar como jogo é um recurso rico, abrindo as portas para a interdisciplinariedade"!

2 comentários:

  1. O papel dos jogos e brincadeiras na construção do conhecimento Matemático.

    As necessidades cotidianas dos alunos fazem com que eles desenvolvam sua inteligência cognitiva, emocional, moral e social, levando ao desenvolvimento do raciocínio lógico.
    Os jogos e as brincadeiras são atividades naturais que estabelecem relações entre o já conhecido e o novo, provocando articulações entre o novo e o imaginário.
    O aspecto lúdico do ato de jogar e de brincar mobiliza conhecimentos, divertindo-se as crianças aprendem a relacionarem-se e a descobrir o mundo a sua volta. Desenvolvendo habilidades do pensamento, na qual os alunos possam, reconhecer problemas, brincar e selecionar informações, tomar decisões, vencendo obstáculos criados por sua própria curiosidade, vivenciando, assim, o que significa fazer matemática.
    A criança que brinca, adquiri um conhecimento cada vez mais elaborado, ampliando suas capacidades e habilidades cognitivas.
    As brincadeiras e jogos devem fazer parte do currículo escolar, já que, promovem a aquisição dos conceitos matemáticos, favorecendo a compreensão de regras importantes na escola e na vida.
    Concluí que:
    Os conteúdos analisados, a aplicação da atividade; “O lúdico no ensino da matemática”, e minha prática educativa me permitem analisar situações de aprendizado que envolva jogos e brincadeiras como um aprendizado prazeroso e significativo, capaz de aprimorar noções matemáticas em diferentes contextos.
    Porém o professor deve entender como o aluno aprende ter intencionalidade e clareza de suas próprias concepções, para que as escolhas pedagógicas definam, objetivos e conteúdos que envolvam situações cotidianas a serem trabalhadas por meio da ludicidade.

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